sábado, 3 de dezembro de 2016

( ... )

A morte é uma filha da puta . 
É o que me ocorre dizer. Não há palavras politicamente corretas quando nos tiram o chão .  Não há frases feitas que nos limpem as lágrimas . Para isso há lenços . Não há poesia que nos impeça de sentir . Não há solução para essa senhora . A morte ! 
Deve ser a gaja mais antiga que se conhece . Deve ser do tempo da profissão mais velha do mundo . A morte é uma puta ! Impotência assenta como uma luva . É o que se sente . A morte corta-nos as asas . As pernas , os braços . E dilacera-nos a alma . Sentimos um nó na garganta , daqueles que não se desfazem . Daqueles que só os marinheiros sabem fazer . E navegamos entre lágrimas salgadas num navio à deriva . Sem
Ancora que nos prenda ao porto . Sem bússola para seguir caminho. E o coração ?! 
Esse vai batendo numa cadência própria ... veste a capa preta e limita -se a bater para sobreviver . É o que fazemos nestas alturas . Não vivemos, sobrevivemos ! Respiramos para não morrer e cada suspiro que damos é um beijo para o céu ! 
A morte é puta ! A morte é uma grandessíssima   filha da puta !

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Calm me down

Às vezes...

Às vezes falta-me um verso...
Conversa horizontal, enchendo linhas e ponto final.
Discurso directo, frontal.
Temos de conversar.
Dois pontos em destaque:
- O que queres de mim?
- O que quero de ti?
- Não sei bem.
- Tenho de pensar.
Reflexão polifónica...em stereo.
Impossível saber quem afirmou o quê.
Não me lembro o que disse.
Nunca me lembro.
Conversa de mudos.
Demasiadas reticências…fica sempre tanto por dizer.
Então começo a rimar a minha solidão com a tua ausência.
Poema de sentimentos desritmados.
Leio e releio.
Ás vezes falta-me um verso...Tu!Às vezes falta-me um verso...
Conversa horizontal, enchendo linhas e ponto final.
Discurso directo, frontal.
Temos de conversar.
Dois pontos em destaque:
- O que queres de mim?
- O que quero de ti?
- Não sei bem.
- Tenho de pensar.
Reflexão polifónica...em stereo.
Impossível saber quem afirmou o quê.
Não me lembro o que disse.
Nunca me lembro.
Conversa de mudos.
Demasiadas reticências…fica sempre tanto por dizer.
Então começo a rimar a minha solidão com a tua ausência.
Poema de sentimentos desritmados.
Leio e releio.
Ás vezes falta-me um verso...Tu!

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

“Todas as pessoas são balas....




                                ...Mas só algumas conseguem encontrar uma pistola que lhes sirva.”

segunda-feira, 29 de julho de 2013