terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Without words, without music, without feelings!

When love and hate colide

...
Quero dormir.
Mas não consigo. 
Quero esquecer-te.
Quero estar contigo. 
Quero rir de ti 
Não para ti. 
Quero chorar por te ter. 
Quero chorar por te perder. 
Quero o nada de ti 
Quero o tudo contigo. 
Quero o 8 ... 
Quero o 80... 
Quero desatinar contigo. 
E dar-te um beijo a seguir. 
Quero dar-te um abraço . 
E fazer-te rir. 
E depois desprezar-te. 
E fazer-te chorar. 
Disparar sobre ti. 
Sem medo de falhar. 
Quero rimar 
o teu nome com ausência. 
Quero o teu colo... 
E a tua presença. 
Quero, 
E não quero. 
Tenho 
E não tenho. 
Sou 
E não sou. 
Estou 
E não estou. 
Quero esquecer o passado .
Quero lembrar-me 
De tudo. 
Quero o futuro 
Contigo 
E sem ti! 
Quero ver sem olhar. 
Quero sentir sem te ter. 
Quero ouvir sem escutar. 
Quero odiar-te. 
Quero-te amar! 
E não ... 
Não quero que me digam 
Que não sei o que quero! 
Quero o 8 . 
E o 80. 
*desatino com o 44*
Quero os limites 
As barreiras. 
As pontas da corda que nos liga. 
Quero ir dos 0 aos 100. 
E duma coisa tenho a certeza. 
"You can't stop the hurt inside... 
When love and hate collide..."

De que cor são os teus sonhos?

Os meus sonhos 

não são feitos de cores. 

Os meus sonhos 


são sempre feitos de música. 

Tenho bandas sonoras 


para cada momento. 

E quando eles acabam...

é só por a música a tocar
e eles voltam de novo.
Não como sonhos 
mas como lembranças 

de que nunca o poderão ser. 

Os meus sonhos 

são feitos de palavras, 
mar, 
água 

e voos. 

Quando há dia, 

a luz é intensa 
e o mar 

é verde e branco. 

Quando há noite 

é o azul escuro 

e a lua ao fundo. 

Sempre a lua. 
Gosto dela...


não me perguntem porque.

Talvez por 

me fazer companhia 
em noites de insónias.
Por ser minha cúmplice
em momentos tão únicos.
Dançamos?
Nos meus sonhos por vezes , 
há uma casa velha, 
com muitos quartos 
por onde vagueio 

à procura do lugar ideal para ficar. 

Nunca o encontro! 
Nas paredes 

há marcas de quadros 

que não existem ... 

No ar 

há risos da criança 

que um dia fui... 
Há a inocência feliz 

de quem há muito 

deixou de ser criança... 

Há a esperança 

num futuro 
do passado 

que é hoje! 

Nos meus sonhos 

há voos...
nocturnos 

como os do Palma! 

Nos meus sonhos 

não há cores definidas...

são mutantes! 

Hoje são negros...


amanhã brilhantes! 

Nos meus sonhos

há melodias desconcertantes 
e estilhaços de vidro 

harmonizantes. 

Antagonismos de quem ainda 

não aprendeu a sonhar 
ou que por o ter feito em demasia
 já não o sabe fazer mais! 
Sonhos...
sonhos não são mais do que 
realidades projectadas 

no futuro! 

Sonhos são verdades 

que se querem ...
vontades que se afirmam 

e atitudes que se tomam. 

Sonhos não são mais 

do que viagens 

ao interior da alma. 

Sonhos...


são pesadelos de espírito. 

Sonhos? 
Já tive os meus ...

continuo a te-los 
mesmo sem saber ao certo 

quais são! 

E se me perguntarem de novo 

de que cor são os meus sonhos 
desta vez tenho a resposta 

na ponta da língua! 

Os meus sonhos 

são feitos de todas as cores 
e mais algumas...
ora brilhantes 
ora baças...
descoloridas 
ou opacas...
mate ou 

a preto e branco. 

Os meus sonhos

 são tela
onde as cores 
fazem o que querem
não obedecendo 
ao traço do meu pincel.
É por isso 
que por vezes 
deixo a tela em branco...
esqueço-me do pincel 

e pinto com os dedos ! 


Sem Título



Nas minhas palavras
Não há poesia.
Poesia é ilusão.
Poesia 
é iludir sentimentos, 
é mascarar verdades, 
é camuflar vontades, 
é disfarçar sentires! 
É pintar 
de rosa 
o negro 
É branquear 
a noite .
Poesia é
Pintar um sorriso 
num rosto salgado, 
é amordaçar palavras 
sem direito a ter cor. 
Poesia é 
Rima de uma prosa
 sem sentido! 
Poesia é 
Fazer de um desgosto 
uma arma. 
E do arremesso 
uma solução. 
Poesia não é criar. 
É reinventar percalços 
e repercussões… 
É esconder problemas 
e inventar soluções. 
Poesia é … 
Esconder os sonhos 
e saber quando 
liberta-los! 
Prefiro a prosa… 
Concisa, 
objectiva 
e linear. 
Sem preocupação 
de sonetos, 
versos e 
rimas. 
Prosa é libertação. 
Poesia é prisão. 
Não encaixo 
as palavras 
em versos. 
Deixo as correr
 soltas 
em linhas! 
Sem medidas
sem ordem
sem rimas! 
Não gosto de as prender
seguir regras! 
Deixo-as 
soltas, 
libertas! 
Poesia 
é tudo o que eu 
não quero ser! 
E enquanto 
as palavras não me faltarem... 
Quero da poesia morrer... 
para na prosa renascer!