Procurei-a,sem no entanto a encontrar…
Escapou-se-me à uns tempos,
Escapou-se-me à uns tempos,
Eu até julgo que nunca a tive.
Se tive foi por breves momentos,
Por fugazes instantes,
Em que o coração confundia a razão.
Em que a paixão distorcia a realidade,
Em que o Dali era o Deus
E o abstracto a obra.
Onde está ela?
Concisa,
objectiva
e linear?
Sem subterfúgios,
Sem paletes de cores
em linhas traçadas.
Cruzadas
Paralelas,
perpendiculares,
Sem elipses,
diagonais
e círculos,
Circulos de mentiras ,
Círculos de omissões,
Que nos fazem andar,
viver,
e voltar ao ponto de partida.
Onde está?
Já desisti de a procurar,
Mesmo sem saber se um dia a encontrei.
Perdi-a ou nunca a tive?
Não é dúvida que me assole.
Onde está ela?
A verdade?
A tua…não a minha!
A tua …de retalhos feita,
De teias criada.
Patchwork de enganos.
A minha …
essa está onde sempre esteve.
Em mim habita,
em mim respira.
Respiro verdade
e transpiro transparencia.
E a tua?
Se até hoje não a encontrei …
Talvez não exista de todo.
Fantasia tentar encontra-la.
Utopia tentar procura-la.
A tua verdade ao existir
Se existir...
está onde tu queres que ela esteja.
Em masmorras fechada,
Aprisionada…
Escondida,
camuflada.
Cinzenta,
escura
e sombria.
E talvez um dia
quando a quiseres libertar ,
Se a quiseres libertar.
A luz a cegue
e ela se retire
para onde sempre esteve.
para onde sempre esteve.
A escuridão!.
Na via do entendimento,
ResponderEliminarEspesso é o espaço-tempo.
Verdade curva da nossa relatividade.
Um belo poema
Com um ritmo bem cadenciado.
De onde destaco estes versos quase geométricos:
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Em que o Dali era o Deus
E o abstracto a obra.
Onde está ela?
Concisa,
objectiva
e linear?
Sem subterfúgios,
Sem paletes de cores
em linhas traçadas.
Cruzadas
Paralelas,
perpendiculares,
Sem elipses,
diagonais
e círculos.
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Bjo.